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Senador Renan deixa CPI da Braskem com e sem razão. Por quê?

Na verdade, são dois pesos e duas medidas a questão da saída do senador Renan Calheiros (MDB) da CPI da Braskem. Calheiros fez o anúncio na tarde desta quarta-feira, 21, na abertura dos trabalhos da Comissão que escolheu o senador Rogério Carvalho (PT-SE) como relator.

Renan, de fato, queria ter em mãos a relatoria da CPI para se debruçar – politicamente falando – em dados e informações que fossem importantes para o parlamentar. Tanto que, em seu discurso, o senador desconsiderou a atitude de seus colegas presentes e deixou claro que Rogério Carvalho “não teria condição de fazer a relatoria”.

“Diante de manobras na tentativa de domesticar a CPI, decidi não participar da Comissão. Expliquei as razões em um pronunciamento na própria reunião”, disse o senador ao comunicar sua saída da CPI. Portanto, Renan Calheiros deixa a CPI da Braskem com e sem razão. Por quê?

1 – Sem razão, afinal, seria suspeição o próprio senador alagoano fazer parte, principalmente, da relatoria da CPI da Braskem, já que foi presidente da antiga Salgema, na década de 1990, e que hoje é a mesma empresa. Além disso, Calheiros sempre esteve como aliado de antigos gestores que permitiram a extração de sal-gema, em Maceió, durante todo esse tempo e, inclusive, o filho e ex-governador Renan Filho – atual ministro dos Transportes – que passou oito anos no Governo de Alagoas sem nada contra a empresa.

2 – Com razão, afinal, Calheiros colheu assinaturas, propôs a abertura da investigação parlamentar, reivindicava a vaga, mas integrantes da CPI sabiam que era um passo para ampliar a briga política local com nada mais nada menos que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). De fato, Alagoas ficou sem cadeira e representatividade na CPI. Além do mais, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) como relator “não é senador por Alagoas”. Até aí, tudo bem Renan!

Mas vale destacar o que disse o presidente da CPI da Braskem, Omar Aziz (PSD-AM), no qual declarou que “a indicação do senador sergipano foi uma escolha do colegiado para garantir isenção, já que Renan Calheiros é de Alagoas”.

“Eu vou indicar necessariamente o relator e para que a gente possa ter uma investigação totalmente isenta de pessoas ligadas a Alagoas, eu vou indicar o senador Rogério Carvalho como relator da CPI. Eu peço ao senador Renan Calheiros que possa entender essa minha posição, que não é uma posição isolada minha”, disse Omar Aziz.

Por fim, a imprensa nacional deixou claro que a operação para barrar Renan Calheiros contou com o aval do Palácio do Planalto, a fim de não atingir o todo-poderoso Arthur Lira. Que PODER!!! Já o senador Renan, todavia, vai acumulando derrotas consecutivas e ficando cada dia menor em Brasília.

Até quando? 2026 é logo ali.

É isto!

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue

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Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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