Mais um membro da bancada federal de Alagoas participa da série de reportagem #90DiasdeMandato lançada pelo Blog Kléverson Levy.
Buscando informar à população e aos eleitores alagoanos sobre os mandatos dos parlamentares, o Blog continua entrevistando toda a bancada federal sobre o que eles – eleitos e reeleitos – avaliam nesses quase 90 dias como deputados federais.
Desta vez, a única mulher entre os nove federais é a entrevistada deste sábado, 27. A deputada Tereza Nelma (PSDB) tem sido destaque neste espaço devido sua atuação como parlamentar em Brasília.
Nelma segue evoluindo – politicamente falando – na velocidade com que atua na capital federal e ao levantar sua bandeira de luta em defesa dos direitos humanos e inclusão social. Ao falar sobre os 90 dias de mandatos, a parlamentar diz que seu foco é a construção de um país ‘digno e igualitário’.
“Estou bastante empenhada nesse início de mandato. Sigo na defesa dos Direitos humanos, defesa das pessoas com deficiência, promoção das mulheres, saúde e educação de qualidade e para todos; Enfim, meu foco são os excluídos, a construção de um país mais digno e igualitário. Nesses quase 90 dias venho trabalhando muito. Ao mesmo tempo em que conheço o novo mapa político – não se pode desconhecer que houve mais de 50% de renovação na Câmara – vou realizando aquilo que meus eleitores esperam de mim”, respondeu.
Falando ainda sobre o mandato na Câmara dos Deputados, a única representante federal por Alagoas revelou que o início dos trabalhos foi conturbado. Tereza afirmou também que teve que unificar a bancada feminina para se tornar coordenadora e participar da reunião de líderes na casa.
“Esse início de mandato chegou em um momento político conturbado, com pautas polêmicas, e um presidente da República tão contraditório que suas posições criam semanalmente conflitos onde não existem, beirando à irresponsabilidade, tanto dentro como fora do país. Parece que ele quer revogar a Constituição. Ele se atreveu a acabar com os conselhos de participação popular, todos garantidos pela Constituição. Sei que esse é o momento de ser firme, mas também de dialogar. Sozinha não farei nada. Passei a participar da Frente das Mulheres Participei de um acordo para unificar a bancada feminina e tive 64 votos (em 74 votantes) para ser a primeira coordenadora adjunta. Tive votos das companheiras do PT, PSOL, PDT, PSB, DEM e outras. Com isso poderei até participar das reuniões de líderes”, ponderou Nelma.
A deputada federal também fez questão de destacar o caso do bairro Pinheiro, em Maceió. Ela explicou que atua em defesa das famílias numa frente mais assistencial e humanizadora.
“O problema do bairro do Pinheiro, também tem sido uma prioridade para mim, desde quando ainda era vereadora por Maceió. Enquanto aguardamos o laudo conclusivo, venho trabalhando em uma frente mais assistencial e humanizadora. Estou articulando, junto com a bancada feminina da Assembleia Legislativa de Alagoas, Fecomércio e o Sistema S, para criar um Centro de Apoio aos moradores, minimizando os impactos sociais e psicológicos dos moradores desse e de outros bairros atingidos, como Bebedouro e Mutange”.
Por fim, Tereza Nelma deixou claro ao Blog Kléverson Levy que não está em Brasília para ‘ostentar e nem praticar tapinhas nas costas’ e reforçou sua atuação parlamentar pelos próximos quatro anos como deputada federal.
“Seguindo minha militância pela inclusão e igualdade, assumi a presidência da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência, e também coordeno o Turismo Acessível, na Frente Parlamentar do Turismo. Integro quatro comissões: Seguridade Social e Família, que dentre outras pautas debate a saúde no Brasil, uma de minhas prioridades, a Comissão dos Direitos das Mulheres, da Pessoa com Deficiência e do Idoso. Não vim para Brasília ostentar, nem praticar tapinhas nas costas. Vim para trabalhar pelo bem. Não vou decepcionar nem alagoanos, nem alagoanas”, concluiu Tereza Nelma.
Atuação na Câmara dos Deputados
Como forma de mostrar a atuação em Brasília, o Blog Kléverson Levy publica as propostas enviadas pela assessoria da parlamentar.
– Apresentei um projeto de Decreto Legislativo, junto com dois colegas, visando acabar com o pagamento de um salário para despesas de mudança para Brasília de deputados reeleitos. Muitos se beneficiaram dessa verba imoral. Se o parlamentar já mora em Brasília, por que receber mais R$ 33 mil por uma “nova” mudança? Talvez muitos dos 513 parlamentares da Câmara não gostem. Mas considero um absurdo essa prática com o dinheiro público;
– Fui escolhida, junto com outras quatro colegas, para representar a Câmara em um seminário na ONU, em Nova Iorque. Fiquei emocionada de falar para mulheres de todos os continentes, eu que já destalei fumo e vendi sabão da feira, em Arapiraca;
– Com pouco mais de vinte dias após a posse, entrou em discussão uma proposta do governo de acabar com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea). Reuni entidades nacionais em meu gabinete e apresentamos duas emendas para garantir a segurança alimentar. Pouco depois me reuni com as direções nacionais das pessoas com deficiência, agredidas pela Medida Provisória 870;
– Também fiz reuniões em Maceió e Arapiraca, dentro do meu projeto de Mandato Participativo sobre a reforma da previdência. Participaram cerca de 200 pessoas. Fiz várias emendas nesse projeto absurdo, que pretende tirar recursos dos pobres para entregar para bancos privados. Assumi as emendas da Fetag e fiz outras, num total de 21 alterações. Todos sabem que votarei contra esse projeto cruel. Além de ser membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família, sou relatora de vários projetos de lei, quase todos polêmicos.
Em Tempo: O Blog Kléverson Levy continua com a série de perguntas – #90DiasdeMandato – com os nove parlamentares de Alagoas. Portanto, daremos espaço (aos que respondem a este jornalista) para a opinião de todos os deputados federais.
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