Nem todos os vereadores que compõem o legislativo maceioense estão de acordo com os dois Projetos de Lei (PL) enviado pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB) à Câmara de Vereadores de Maceió.
Um dos PL altera a Lei Municipal nº 4.974/2000, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos Servidores Municipais de Maceió; o, outro, PL de Rui Palmeira, altera a Lei Municipal nº 4.973/2000 – referente ao Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Maceió.
Pelas redes sociais, os vereadores Ana Hora (PSD), Galba Neto (MDB) e Francisco Sales (PPL) publicaram manifestações contra os PLs do Poder Executivo que retiram vantagens dos servidores públicos municipais de Maceió.
Indignada com o fato da administração tucana acabar com direitos adquiridos pelos trabalhadores, a vereadora Ana Hora reagiu e fez coro ao grupo de oposição solicitando aos demais pares o veto dos projetos.
Hora se posicionou em defesa dos servidores públicos municipais durante a tal manifestação ocorrida na tarde de ontem, 09, em frente à Câmara Municipal, e publicou sua insatisfação nas mídias sociais.
“Estou ao lado do servidor público e enalteço a vitória de hoje [ontem, 09], quando a decisão foi transferida para próxima semana, somente após ouvir representantes dos sindicatos”, escreveu a vereadora.
Já Galba Novaes Neto saiu em defesa dos trabalhadores da capital alagoana na tarde de ontem, 09, em frente à Câmara Municipal. O vereador, via Instagram, disse que estar ao lado dos servidores públicos e reiterou o voto contrário para aprovação do PL.
“Quem conhece minha trajetória política sabe qual o meu posicionamento acerca da PL que gerou debates calorosos na Câmara de Maceió. Acredito no poder da democracia e reitero que a política serve para atender às necessidades da população. Por isso, estou do lado dos servidores públicos maceioenses e reitero que meu voto para aprovação deste projeto de lei é NÉO. Não concordo com a retirada de direitos de profissionais importantes em nossa sociedade que se dedicam diariamente ao bom funcionamento dos mais diversos segmentos. Contem sempre comigo”, escreveu Galba Novaes Neto.
Por fim, o vereador Francisco Sales disse que o PL que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores maceioenses é um “pacote de maldades”. Sales reforçou ainda que vai votar contra por entender que o Projeto de Lei não é favorável aos servidores e pediu respeito por parte do prefeito Rui Palmeira.
“Pessoal, eu não irei votar contra os servidores públicos! Esse projeto de lei da Prefeitura que chegou na Câmara de Maceió é um verdadeiro pacote de maldades contra os direitos dos servidores. Irei lutar para que esse projeto não seja aprovado e que nenhum direito dos professores, médicos, enfermeiras e tantos outros servidores municipais sejam retirados. Quando decidi votar CONTRA foi por entender que esse Projeto não é favorável aos servidores. Infelizmente não conseguimos chegar a um acordo antes de evitar essa reação dos servidores. Como me comprometi com todos, vou continuar trabalhando para que esse projeto seja arquivado. Respeita os servidores, Prefeito!”, destacou o edil em suas redes sociais.
Carta Aberta
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Municipais de Maceió enviou uma “Carta Aberta à População de Maceió” para esclarecer os fatos ocorridos na tarde de ontem, 09, na Câmara de Maceió.
Segundo o Movimento, durante toda a semana a imprensa foi bombardeada com discursos falsos de secretários municipais, informando que os projetos não reduziam salários e nem ofereciam perdas de direitos.
“No calor do momento começou o empurra, empurra. De empurra pra lá e de empurra pra cá, o que era pacífico ficou violento quando a Polícia Militar começou as agressões com força física, balas de borracha e bombas de efeito moral no professor, no médico, na enfermeira, no agente de saúde, no assistente administrativo, na merendeira, no vigilante, no guarda municipal, no contador, no agente de endemias, na secretária, no assistente social, na nutricionista, em todos os profissionais que naquele momento protestavam para não perderem seus direitos garantidos por lei. O servidor público não é o problema, eles são as engrenagens para a cidade de Maceió funcionar. A dedicação de todos os trabalhadores, que integram esta categoria, é praticamente de uma vida profissional inteira. Não são quatro ou oito anos de trabalho, como é o prefeito. São 20, 30, 40 anos, todo o tempo até a aposentadoria”, diz um trecho da carta.
Veja os pontos polêmicos dos Projetos de Leis (PLs) na “Carta Aberta à População de Maceió” Clicando aqui!
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