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Reivindicações de vítimas da Braskem são atendidas ‘parcialmente’ pelo MPF-AL

Por Assessoria

Cerca de 200 representantes da Associação dos Empreendedores no Pinheiro e Região Afetada e do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem realizaram uma manifestação em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas.

O objetivo era solicitar uma reunião com a Braskem, intermediada por procuradores e defensores, para a revisão do acordo firmado acerca das indenizações devidas pela mineradora por danos morais e patrimoniais, que custam a ser pagas em tempo e valor adequados aos moradores e empresários atingidos pelo crime socioambiental que assola Maceió.

Os manifestantes deixaram o local após seis horas em frente ao órgão, quando, finalmente, os membros do MPF agendaram uma reunião com as lideranças e outra entre as vítimas e a Braskem.

O presidente da Associação dos Empreendedores, Alexandre Sampaio, reforçou sobre os valores indenizatórios injustos propostos pela mineradora, que faz a avaliação dos imóveis baseada no ano de 2017, desconsiderando qualquer atualização monetária.

Ele destaca que o êxodo urbano de cerca de 60 mil pessoas na cidade, provocado pelo crime socioambiental, elevou os preços do mercado imobiliário.

“Maceió, hoje, é a capital brasileira onde ocorreu a maior valorização imobiliária, com 14% de aumento do preço médio dos imóveis”, informou.

Fotos: Assessoria

Sampaio ainda citou o crescimento “drástico” da inflação e do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), concluindo que “até mesmo as avaliações que determinam o preço exato do imóvel em 2017 não são suficientes, pois o cenário socioeconômico atual reduziria o valor pago em mais de 30%”.

Em meio a inúmeras faixas com reivindicações e gritos de palavras de ordem, os manifestantes cumpriram a promessa feita no início do dia de que apenas iriam dispersar o ato e desobstruir a Av. Juca Sampaio quando houvesse resposta do MPF quanto à solicitação de reunião junto à Braskem.

Após impressionantes seis horas de resistência e três tentativas de negociação intermediadas pelo Batalhão de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, as lideranças, que não foram autorizadas a adentrar o prédio da Procuradoria da República, aceitaram a proposta, apesar de não terem sido atendidas totalmente.

Em Tempo: Ficaram marcadas duas reuniões: uma na sexta-feira (18), às 13h30, com as procuradoras da Força Tarefa do Caso Braskem e outra na segunda-feira (21), às 15h, com a Braskem.

Por Assessoria / Associação dos Empreendedores

Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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