O Projeto Tradição Coletiva, mais conhecido como Maracatodos, visa explorar diversos eixos da cultura afro-alagoana e afro-brasileira, pelo viés de diversos ritmos e expressões, como o Samba, o Forró, o Reggae, o saber Griot e o Maracatu.
O Maracatu, o Forró, o Samba e o Reggae são ritmos afro-brasileiros que muitas vezes são desvinculados das suas origens, ou vistos com preconceito por setores infelizes da sociedade.
Para o responsável técnico do projeto, Sandro Regueira, o povo negro, historicamente vem sendo oprimido no cenário mundial e brasileiro, muitas vezes possui a sua autoestima abalada a ponto de não possuir a consciência da sua importância para a construção da sociedade e o poder que possuem para modificar as próprias vidas e daqueles que os cercam.
“O Reggae é um ritmo apreciado por diversas camadas da sociedade brasileira, em especial, nas regiões periféricas. É uma manifestação cultural oriunda de uma construção de empoderamento do povo negro e muitas vezes tem a sua memória restringindo pela sua aplicação no lazer, além do maracatu que é um termo africano que significa dança ou batuque “, contou.
As ações, serão oficinas com elementos de formação do cidadão, cujo conhecimento deverá ser utilizado como ferramenta de consciência, crescimento individual e coletivo, seja na perspectiva subjetiva, como na objetiva, por meio de atividades de empreendedorismo e de movimentação da cadeira produtiva da cultura.
As ações de cunho fonográfico se constituirão como elementos chave para a difusão e incentivo à produção da arte alagoana.
Maracatu
Dança processional e cortejo real, parte dos Reinados dos Gongos. Não se deve confundir com o Auto dos Gongos, porque é uma reinterpretação deste. A palavra Maracatu é termo africano que significa dança ou batuque.
O Maracatu já foi chamado de “Candomblé de Rua”, porque é um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras que saem às ruas para fazer saudação aos orixás, ou “santos” dessas religiões.
Em pleno carnaval ou natal, eles, contritos, reverenciam os encantados. Ao saírem do terreiro ou sede, fazem o “padê” de Exu, despacho seguido de orações para que essa entidade não perturbe o andamento do ritual.
O Maracatu pernambucano penetrou com tanta intensidade em Alagoas que criou formas alagoanas dessa manifestação, assim como as Cambindas, o Samba-de-Matuto, as Negras da Costa, Baianas e as Caboclinhas.
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