Registros de histórias familiares fizeram a jornalista alagoana Olívia de Cássia descobrir alta incidência da doença de Machado-Joseph, que é degenerativa, ainda sem cura e afeta os músculos.
A pesquisa na árvore genealógica remonta mais de um século. Entre trisavós, primos distantes e pessoas mais próximas, são mais de 80 casos da doença. Ela também foi diagnosticada. Por isso, uma campanha de arrecadação do livro “Mosaicos do Tempo” está em curso. Objetivo é arrecadar recursos para lançar a autobiografia no próximo mês.
O livro de Olívia mistura histórias de União dos Palmares, de infância, crises da adolescência, conflitos de gerações, além da investigação pessoal sobre os casos da doença de Machado-Joseph existentes na família dela, até os conflitos da separação da autora, situação que a levou à depressão, como ela conta.
Em quatro meses de terapia, ela disse que resolveu parar o tratamento, porque estava ficando muito dispendioso e resolveu escrever Mosaicos do Temo. Segundo Olivia, a partir de suas conversas com familiares mais velhos foi descobrindo a história da família e surgiu também a ideia de fazer uma árvore genealógica.
A jornalista descreve que a incidência dos casos da Doença de Machado Joseph ou Ataxia Espinocerebelar na família também a motivou a escrever e recentemente chamou a atenção de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que analisam as informações em busca de cura para a doença, que é degenerativa e afeta os músculos, coordenação, fala e a visão dupla.
“Me separei no final de 2003 e fiquei muito mal, tendo sido aconselhada pela amiga jornalista Bleine Oliveira a fazer terapia com sua médica. Nessa época eu já apresentava, muito leve, sintomas da Doença de Machado Joseph. Era o começo de 2004 e resolvi escrever. Varava as madrugadas escrevendo e chorando e em dois dias eu tinha escrito dez página; reviver tudo aquilo foi sofrido, mas purificador. De lá para cá já fiz várias intervenções, seja acrescentando, modificando ou cortando frases. Não é fácil conviver com a Ataxia, pois a cada dia é um novo sintoma, mas agora procuro viver com mais suavidade e otimismo, vivendo cada dia, pedindo a Deus clemência, para que eu tenha uma sobrevida com dignidade”, explicou Olívia.
A profissional atuou em jornais do Estado, Assembleia Legislativa e Sindicato dos Bancários e destaca que a ideia da campanha de financiamento coletivo de Mosaicos do Tempo foi da cientista social Ana Claudia Laurindo e do jornalista Odilon Rios.
Quanto ao livro está em fase de revisão, a capa está pronta e qualquer pessoa pode ajudar no financiamento, com R$ 20, R$ 50, R$ 100 ou valores superiores e, caso autorizem, terão o nome publicado como colaboradores no final do livro.
Como doar?
Basta entrar em contato com Olívia de Cássia (99653-1153) ou Odilon Rios (98871-0198).
Redes Sociais: Kleversonlevy
Email: kleversonlevy@gmail.com
Com informações enviadas por Olívia de Cássia
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