Pernambuco projetou em 2024 o que Alagoas carece desde 2022 na política

Foto: Nadja Kouchi/ TV Cultura

Escreveu o Blog Kléverson Levy, lá em 2022, que sem lideranças fortes que empolgue o cidadão nas ruas, Alagoas carece – sem tergiversar – de nomes políticos que conquistem (verdadeiramente) o cidadão em qualquer parte do estado.

Ir às urnas votar é sempre uma obrigação que o eleitor tem a cada dois anos. Mas, se muitos pudessem, nem estariam “perdendo tempo” (como dizem) para eleger os candidatos. Entretanto, o resultado das eleições deste ano está concluído.

De fato, concordando ou não com o que foi a resposta das urnas, temos que aceitar a decisão – democrática – do voto. Porém, vale salientar também que nossa Alagoas não tem dono ou donos… e carece muito – a cada pleito – de lideranças fortes que possam levantar a “autoestima” para quem acredita – ainda – na boa política.

Diferente de Alagoas, Pernambuco trouxe – como exemplo, agora, em 2024 – uma liderança que já alcança o cenário nacional como o “novo e futuro” político que pode conquistar o Brasil. O prefeito reeleito de Recife, João Campos (PSB), ganhou destaque – nos últimos dias – devido sua passagem por algumas capitais do nordeste, declarando apoios aos aliados nordestinos.

Esta semana, Campos conquistou mais notoriedade após a entrevista concedida ao Programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 28. Aos 30 anos, ele venceu o pleito de uma das maiores capitais – já no primeiro turno – e foi reeleito com 78,11% dos votos válidos.

Considerado um “Progressista” – até pelo fato de suas ações como prefeito e que denota ser a favor do progresso, das transformações políticas ou de reformas sociais – João Campos deu (é o que se nota em comentários e postagens nas redes sociais) uma aula de como ser um político que lidera nas redes sociais sem mentiras e fantasias; faz o papel no dia dia de ser prefeito de verdade; tido como um líder em crescente; e, por último, se tornou um jovem promissor ao apontar ser não conservador e que não se pauta – apenas – no ‘tradicionalismo’.

Não é à toa que o filho do ex-governador e saudoso, Eduardo Campos, como também, o neto de Miguel Arraes, se tornou até uma ameaça política para a atual governadora Raquel Lyra (PSDB) em 2026. Afinal, Campos poderá disputar o Governo de Pernambuco ou não. Vai depender, de fato, das conjunturas e alianças advindas a partir de agora.

No entanto, sem falar sobre o futuro político das eleições vindouras, compreendendo que o “agora está em jogo”, o prefeito recifense já é visto como uma grande liderança no país, independente de ser candidato ou não daqui a dois anos. Contudo, o tempo é quem vai dizer e a inteligência do gestor é sublime.

Aliás, é prefeito moderno e político contemporâneo sem esquecer suas raízes, história política e familiar. Mas fugindo de ser o mesmo dos mesmos.

Por fim, sem mais sobre o assunto, recomendo a entrevista completa que João Campos concedeu no Roda Viva, da TV Cultura, da última segunda-feira, 28. Afinal, Pernambuco tem o que Alagoas carece desde 2022.

Mas o resultado que temos – em se tratando de políticos alagoanos – é o que resta desde 2022 e, agora, em 2024, com os mesmos de sempre entre Caldas, Calheiros, Dantas, Lira e companhias aliadas. Até quando?