Ontem, 19, uma nota enviada à imprensa deu conta da saída do diretor-presidente do Hospital Veredas, Edgar Antunes Neto, que foi “destituído” do cargo por decisão do Conselho Deliberativo da Fundação Hospital da Agroindústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas.
Em assembleia extraordinária, o conselho decidiu pela retirada de Edgar Antunes do comando do Veredas. Em seu lugar, assume – interinamente até a eleição para o cargo de presidente – o médico André Luís Ramires Seabra que vai responder, cumulativamente, pelo cargo de diretor-secretário, cujo mandato prossegue até julho de 2027.
Seabra segue na presidência ao lado de Pauline Pereira (Diretora Financeira); Luiz Eustáquio Silveira Moreira Filho (Diretor de Patrimônio); e Miquéias Silva Damaceno Junior (Diretor Médico).
O que chama atenção, segundo o que apurou o Blog Kléverson Levy, é que a saída de Antunes surge no momento – até que enfim! – como um processo em que os administradores querem “dar satisfação” para o caos imbuído no hospital há anos.
Interessante é que mesmo com a mudança na presidência do hospital o impacto para os funcionários e colaboradores do Veredas foi o mínimo possível.
Na verdade, dizem (ao Blog Kléverson Levy) que é como trocar seis por meia dúzia, já que médico-presidente também fez parte da gestão caótica de Edgar Antunes e a continuidade poderá não fazer a diferença na vida de dezenas de pessoas que estão doentes, sem pagar aluguel, sem comer direito, sem Justiça, sem ter como ir trabalhar por não ter como pagar uma passagem de ônibus.
Afinal, mesmo com essas mudanças ocorridas espera-se que seja o contrário (estamos na torcida) e os salários sejam pagos, assim como, todos os direitos que os trabalhadores merecem receber desde que o agora ex-presidente esteve no comando do Hospital Veredas.
Portanto, é fato que esta situação acontece desde 2021. Em setembro, o Blog Kléverson Levy foi o primeiro a publicar a matéria – Funcionários denunciam atrasos de salários, trabalho precário e ‘pressão’ em Hospital de Maceió – denunciando algumas irregularidades apontadas por funcionários e colaboradores – que preferiram não se identificar temendo represálias e demissões.
Na semana passada, ocorreu a terceira paralisação do ano cobrando três meses de salários atrasados, além do repasse do complemento do piso salarial da enfermagem, repasse de vale transporte e o pagamento do décimo terceiro de 2022.
Por fim, se essa mudança no Hospital Veredas é como “dar satisfação” para o caos imbuído (espera-se que não!), todavia, sabemos que nada vai mudar enquanto não mudarem o comando político (quem ordena tudo) que está por trás de toda essa farsa que existe há anos nessa unidade de Saúde.
Vamos continuar acompanhando e desejando boa sorte ao médico André Luís Ramires Seabra!
Por fim, guardem sempre esta frase: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”, George Orwell.
É isto!
E viva a política dos políticos em Alagoas!
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Comentários (2)
Euzinhadisse:
20 de novembro de 2024 às 17:33Como dizia minha mãe: “Isto aí é um “câncer” qto mais dinheiro se entra mais some!” São mais de 50 anos de existência onde por décadas é sempre este mesma história de falta de pagamentos seja pros funcionários, prestadores de serviços e fornecedores. Entra ano e sai ano e o rompo é sempre o mesmo… Por quê será?
Jurubebadisse:
20 de novembro de 2024 às 22:31Hospital do Açúcar, usineiros ou hospital veredas, já dizia o meu pai, aquilo ali e um bolo, pode entrar 100 ou 1 Milhão, a faria vai ser repartida da mesma forma, e os funcionários e fornecedores que se fodam