Por Kléverson Levy
A eleição suplementar na cidade de Campo Grande, agreste de Alagoas, ainda gera dúvidas sobre o resultado que deu uma diferença de nove (9) votos em cima do candidato derrotado, Cícero Pinheiro (MDB).
Como já expliquei aqui no Blog Kléverson Levy, Pinheiro, antes do resultado final, já comemorava sua vitória pelas ruas da cidade, inclusive, com mensagens de parabéns – nas redes sociais – até do governador Renan Filho (MDB).
Porém, o eleito foi o vereador e – agora – prefeito confirmado, Téo Higino (Republicamos). Com isso, o Ministério Público Eleitoral em Alagoas manifestou total apoio à atuação do promotor eleitoral, Lucas Mascarenhas.
De acordo com nota enviada pelo MP Eleitoral, a divulgação sem confirmação oficial pelos tribunais eleitorais (TSE e TRE/AL) desencadeou uma série de notícias não checadas fazendo a sociedade alagoana acreditar num falso resultado.
“O Ministério Público Eleitoral em Alagoas, assim como o Tribunal Regional Eleitoral, declara que não houve irregularidades no sistema eleitoral de votação e apuração durante o processo de eleição suplementar. A atuação do promotor e do juiz eleitoral, assim como das forças policiais, garantiu que tudo ocorresse dentro da normalidade esperada para o pleito. A divulgação antecipada e equivocada revelou erro no somatório dos votos registrados nos boletins de urna ou deliberada má-fé, a fim de provocar na população dúvidas infundadas sobre a segurança e confiabilidade do sistema eletrônico de votação, o que merece ser apurado”, disse o MP Eleitoral.
Além disso, segundo a Assessoria do MP Eleitoral, e conforme já esclarecido pelo TRE/AL em nota oficial, “o resultado oficial da totalização dos votos foi divulgado, apenas, por volta das 19h30 do último domingo, momento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou as informações para o cartório da 20ª Zona Eleitoral”.
Por fim, a procuradora Regional Eleitoral, Raquel Teixeira, explicou também que a antecipação do resultado da eleição pode ter sido ‘de uma atuação orquestrada a fim de provocar na população o sentimento de desconfiança sobre o voto eletrônico’.
“Toda confusão envolvendo o resultado das eleições pode refletir apenas o afã de correligionários que não tiveram atenção aos números registrados nos boletins de urna, mas também pode ser resultado de uma atuação orquestrada a fim de provocar na população, propositalmente, o sentimento de desconfiança sobre o voto eletrônico. Seja como for, vamos apurar”, concluiu Raquel Teixeira.
É isto!
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