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Lucas Bonfim escreve: Lacração na rede social como instrumento de domínio e poder

Passei muitos anos sem escrever e publicar artigos por falta de interesse. Contudo, diante do contexto da engenharia social cuidadosamente estruturada para colapsar as bases em que se funda a sociedade tal como a conhecemos, resolvi escrever. Valores preciosos ao coletivo tais como família, compaixão, solidariedade são sofisticadamente combatidos e reestruturados por uma narrativa travestida de inocente, mas que a rigor é extremamente perigosa.

Antes de passarmos propriamente a tecer comentários de como essa reestruturação deletéria de valores se opera, precisamos dar um nome, isto é, estamos falando aqui de conteúdos audiovisual e publicitários estruturados pela pauta woke. Filmes, músicas e peças publicitárias nacional e internacional são estruturados para subverter a ordem natural das coisas, notadamente na questão do sexo e do gênero. Limites semânticos mínimos das palavras são “estuprados” para operar conflitos e divisionismo entre homens e mulheres, pais em filhos etc.

Precisamos mais do que nunca ter lucidez para compreender que os jornais, redes sociais e filmes querem transformar mulheres em prostitutas e tornar homens femininos. Existe um verdadeiro combate aberto a figura do masculino sob o pretexto de ser algo “tóxico”. Quando uma esposa relata a um psicólogo que teve desentendimento com seu marido, a primeira coisa que ele diz é “você está em um relacionamento tóxico”. Ocorre, porém, que divergências em um relacionamento são normais, salutares e naturais da vida em comum.

Não podemos esquecer que a célula básica que estrutura qualquer sociedade é a família. Quanto maior e sólida a família, mais forte é o indivíduo no aspecto emocional, social e psíquico. Quando eu passo a atacar a constituição da família, tal como a conhecemos, criamos fatalmente uma sociedade doente, distópica e desfuncional. A epidemia de depressão, suicídio e ansiedade em que vivemos hoje é cuidadosamente costurada pela pauta woke. A sociedade precisa da figura feminina, masculina e da autoridade. Quando eu não posso definir o gênero e não respeito a autoridade, não é possível construir uma família.

O cabeça da família é sempre e sempre o homem, devendo a esposa honrá-lo e respeitá-lo nancondição de consorte. Isso não significa dizer que a mulher deve ser subserviente e não possa trabalhar. Pelo contrário, a esposa tem sim opinião e deve trabalhar, mas sua prioridade absoluta deve ser a família, criação dos filhos e honrar o marido. Qualquer pauta diferente disso se presta a subvertes valores sociais erigidos por milênios.

Profissões preciosas ao coletivo tais como atividade policial, médico-hospitalar e educação infanto juvenil deixam de ser interessantes porque agora todos querem fazer a lacração na rede social como digital influencer. As pessoas deixaram de viver suas vidas reais em prol da família e da sociedade para viver narrativas de storytelling que são fraudulentas na sua gênese. Mais do que nunca, estamos reféns de câmeras e celulares.

No Brasil, nossa sorte é que somos sincréticos por excelência. Somos todos a um só tempo negros, brancos, caucasianos, asiáticos, mamelucos, índios e todo o mais. É por isso que o passaporte brasileiro é o mais falsificado do mundo, ou seja, qualquer etnia, grupo, traço de raça é ou pode ser brasileiro nato e legítimo.

Nossa miscigenação alicerçada aos valores cristãos-católicos é nossa redenção e evita que a pauta woke se concretize de forma plena na sociedade. Não fosse isso, teríamos seguido a tragédia norte-americana onde mais da metade da população vive em adicção de drogas pesadas e as ruas são tomadas por humanos que mais parecem zumbis. O tecido social foi esticado a um ponto tal que uma guerra civil passa a ser cogitada. E eu quero registrar que digo isso com muita tristeza, porque não podemos nunca esquecer a natureza humana que habita em todos nós.

Quero encerrar essa pequena reflexão fazendo um pedido aos pais: coloquem seus filhos para estudar em escolas de formação cristã, seja católica ou protestante, deixe-os se frustrar e quebrar a cara, porque faz parte do jogo. Educação de crianças e adolescentes que estimulam a competição, o consumismo e se transformar em “suposta elite” fará com que seu filho desenvolva severas doenças psiquiátricas na vida a adulta. Precisamos de escolas que estimulem a solidariedade. Nunca deixem que a alfabetização seja feita por meio de tablet ou computador. É fundamental entender que a humanidade só chegou até aqui porque desenvolvemos a capacidade da escrita. Se as crianças perderem a capacidade de escrever, iremos colapsar enquanto sociedade.

Outro câncer que precisa ser combatido é a caridade em rede social. Se eu passo a fazer caridade na rede social, isso se transforma em promoção pessoal. Caridade se pratica em silêncio. O dinheiro é um instrumento para servir o coletivo, e não um fim em si mesmo. Devemos respeitá-lo sempre, mas não podemos perder nossa dignidade e existência em virtude do vil metal.

Por Lucas Bonfim – Advogado e Professsor (Colaborador)

Este texto reflete a opinião do autor.  

Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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