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Inauguração de creche se tornou palco para tentar dar fôlego de sobrevivência ao MDB em Maceió  

Quem acompanhou ontem, 15, a inauguração da Creche Cria da Grota do Cigano, em Maceió, percebeu que os discursos estavam direcionados para atacar o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL). A turma palaciana presente ao evento foi com ‘gosto de gás’ na intenção de fazer a política adversária acontecer.

Com a presença do ministro dos Transportes e senador licenciado, Renan Filho (MDB), o governador Paulo Dantas (MDB) reuniu sua trupe aliada para mostrar aos moradores que a Creche Cria foi “um marco histórico para a Educação Infantil de Maceió”. 

Será?

De fato, sei – pelas imagens – que a nova unidade ficou muito bonita e é um ganho para a capital alagoana em ter mais um espaço educativo destinado aos filhos maceioenses. Aliás, é papel e dever do Estado dar uma educação de qualidade à população, independente de quem seja o gestor da cidade e, acima de tudo, das questões políticas e adversas que existem nos bastidores para uso – totalmente – político e eleitoral.

Outrossim, vale salientar que a inauguração da Creche Cria se tornou o melhor palco de ensaio para mostrar uma possível ‘sobrevivência’ do MDB na capital alagoana. Tanto que o discurso do chefe do Executivo estadual deixou claro – nas entrelinhas – o interesse do Governo de Alagoas com mais uma obra em Maceió.

“Temos, por toda a capital, obras que estão transformando a realidade dos maceioenses. Eu quero fazer um trabalho conjunto com o prefeito de Maceió, porque é meu dever constitucional, mas se ele não quer deixar as questões políticas de lado, o Governo de Alagoas vai ocupar esses espaços e vamos fazer muito mais por Maceió e por toda Alagoas”, disse Paulo Dantas.

Por outro lado, vale lembrar que alguns programas, como a Creche Cria da gestão Dantas, por exemplo, são de continuidades do governo de Renan Filho e que parecem não descolar da atual administração que inicia o segundo ano de mandato.

De fato, Paulo Dantas não deu uma cara nova para seu governo, apenas desengavetou alguns programas que existiam da era RF e, por fim, parece permanecer sempre na sombra da ex-gestão Calheirista em Alagoas.

Por fim, ainda pretende conquistar – a todo custo – o eleitorado maceioense que, no 2º turno das eleições de 2002, deu maioria da votação para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 57,18% votos (273.549 válidos) e Rodrigo Cunha (União) com 62,05% votos (280.442 válidos).

Veremos, agora, em 2024!

É isto! 

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue

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Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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