O absurdo parece não ter limites para Arthur Lira e seus colegas da Câmara dos Deputados. Como não bastasse os escândalos de corrupção, as emendas do relator (RP-9 ou orçamento secreto) e toda a papagaiada que esse “cidadão” promove em Brasília, resolve, de maneira asquerosa e vil, atacar o direito de mulheres que tiveram a sua liberdade e o seu corpo violados.
Ora, como um ser humano minimamente racional pode sentir o desejo de impor a uma mulher a conceber o filho de um algoz? É, no mínimo, desconhecer os limites da dignidade humana e do bom senso.
Arthur Lira pôs em votação a urgência do Projeto de Lei em 24 segundos, como se não bastasse o absurdo que é o conteúdo, se torna mais absurdo ainda transformar um projeto ideológica (e ideologia dos sem cérebro) em urgência num país que ainda sofre com a pobreza, a desigualdade e o atraso de ideias — evidenciado, por exemplo, com o teor desse projeto.
Um estuprador pode ser condenado de 6 a 10 anos — se cometido contra vulnerável, de 8 a 12 anos — e caso esse projeto seja aprovado, a mulher violentada, ao abortar, poderá pegar a mesma pena de homicídio: de 12 a 20 anos.
Parece não haver limites para o todo-poderoso Lira de Brasília: tudo para agradar os radicais do seu grupo.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
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