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Em ano eleitoral, até o que era impossível – judicialmente – acontece em Alagoas

Já perceberam que no ano em que acontece o pleito eleitoral se realiza de tudo que é positivo para os cidadãos, sem qualquer interferência que era contumaz antes da eleição? 

Pois é, neste período em que os eleitores vão às urnas tudo que for possível para “beneficiar a população”, a classe política consegue colocar em prática sem qualquer dificuldade administrativa, financeira e até judicial. Inacreditável!

Nos últimos dias, temos visto algumas “conquistas” de gestores alagoanos em “prol do Povo”. No Estado, o governador Paulo Dantas (MDB), por exemplo, assinou um acordo com o governo federal para o recebimento de R$ 1,1 bilhão referentes aos precatórios do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Dantas só errou quando deixou que os recursos do acordo estão previstos para serem pagos em três parcelas: até o final do ano, a segunda em 2025 e, a última, em 2026 – corrigidas monetariamente.

Já em alguns municípios alagoanos, teve prefeito que passou três anos dizendo aos servidores e ex-servidores que não poderia “fazer nada”, enquanto a Justiça não tomasse uma decisão sobre o destino do dinheiro.

No entanto, como mágica e de repente, conseguiu sentença favorável para o pagamento dos precatórios do Fundef. Foi o caso de Coruripe, no litoral sul de Alagoas, onde Marcelo Beltrão (PP) anunciou (fez até live no instagram) que o município “venceu uma batalha judicial e conseguiu sentença favorável para o pagamento do extinto Fundo de Manutenção aos beneficiários habilitados”.

“A sentença favorável ao pagamento para 915 beneficiários foi proferida na noite desta quarta-feira (21). Sessenta por cento do saldo remanescente do abono, será rateado entre os professores da educação básica de Coruripe, que estavam em efetivo exercício de suas funções entre os anos de 1998 e 2006, com vínculo estatutário, celetista ou temporário. Em caso de falecimento, os herdeiros legais estarão habilitados a receber”, diz o texto da Assessoria.

Ou seja: após três anos, onde os beneficiados lutavam para receber os valores, inclusive, pessoas que até faleceram, a bondade do gestor veio – justamente – no ano em que ele se prepara para a reeleição.

De fato, sendo sincero como quem acompanhou o caso citado, é querer chamar o povo de burro ou – com a licença da palavra – de idiota para acreditar que essa obrigação da gestão foi uma “batalha judicial”. Afinal, sabemos os bastidores da façanha política e eleitoreira para 2024.

Sem falar, claro, que todo esse tempo o dinheiro rendeu nas contas gordas da Prefeitura coruripense. Por fim, cabe agora ao eleitor analisar o que escrevi no início deste texto: a classe política consegue colocar em prática, sem qualquer dificuldade administrativa, financeira e, até judicial, o que for necessário para tirar proveito até outubro de 2024.

Se liga, eleitor: Em ano eleitoral, até o que era impossível – judicialmente – acontece em Alagoas!

É isto!

E viva a política dos políticos em Alagoas!

#VidaQueSegue

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Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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