De fato, e mais uma vez, a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) aponta – em sua maioria – que tem grande independência política e não ‘baixa a cabeça’ – ao que parece – para o que o governador Renan Filho (MDB) entende como sendo “bom?” no estado de Alagoas.
Desde de ontem, 28, quando circulou em sites de notícias a imagem do deputado estadual Davi Maia (DEM), segurando um cheque se fundo em alusão ao ‘calote’ da Educação, e afirmando que o Governo de Alagoas não repassou os valores das premiações para as escolas que atingiram metas do Programa Escola 10, o tema ganhou grande repercussão na casa.
Maia questionou a falta de pagamento das instituições vencedoras do “Escola 10”, programa que foi criado em 2018 como incentivo às escolas que ganharam destaque, por conta do ensino de qualidade e aprendizagem no estado, oferecendo ainda premiação às escolas e professores que alcançassem metas estabelecidas.
Em 2017, quando foi lançado por Renan Filho e o vice-governador e secretário de estado da Educação, Luciano Barbosa, no Centro Cultural e Exposições Ruth Cardoso, o ‘Programa Escola 10’ foi apresentado como um investimento de mais de R$ 30 milhões na integração entre as redes públicas estadual e municipais de ensino em busca da melhoria da qualidade do ensino.
Depois de ontem, na Casa de Tavares Bastos, ficou – mais uma vez – provado que o Palácio República dos Palmares se utiliza de muito ‘marketing institucional’(gastos em quase R$ 20 milhões, segundo o Portal da Transparência e a Gazeta de Alagoas, com agências de publicidade para promover ‘ações’ do Governo de Alagoas), ao invés de colocar em prática tudo o que diz o chefe do Executivo em inaugurações e Ordens de Serviços (OSs) por todo estado.
“Em dezembro do ano passado, a gestão estadual realizou uma grande cerimônia de entrega da premiação às unidades escolares, levando inclusive um cheque simbólico. Passados o tempo de uma gestação, nove meses, até hoje essas unidades escolares não foram contempladas”, criticou Davi Maia no plenário da ALE.
Ainda de acordo com o parlamentar, com nove meses de atraso, o governador enviou, na última sexta-feira (23), o projeto de lei que vai, finalmente, “liberar os recursos que já deveriam estar à disposição dos gestores que esperavam desde o começo do ano as verbas para aplicar nas áreas da educação”.
Porém, no dia 24 de julho, Davi Maia solicitou todas as informações sobre o pagamento das premiações anunciadas em dezembro, bem como, qual normativa estaria regulamentando a entrega desses prêmios, através do E-Sic (Sistema Eletrônico dos Serviços de Informação ao Cidadão). A demanda também foi levada ao vice-governador em 15 de agosto, mas até hoje nenhuma resposta foi recebida.
Portanto, a ALE se tornou – ao que se vê – ainda mais “independente” nessa nova legislatura. Afinal, ficar apenas nas barbatanas dos Governos é um mal que prejudica Alagoas. Bom ver que há deputados que denunciam o que o Governo de Alagoas quer esconder nas boas imagens, fotos e no “marketing institucional’, bem como, nas redes sociais, que é muito bem feito pelas agências de publicidade para enganar quem quer ser enganado.
Que os deputados estaduais – em sua maioria – continuem com a “independência política” na ALE e que sejam maiores que alianças para agradar ao governo de Renan Filho. Pensem no povo alagoano, acima de tudo!
Abaixo, o vídeo da sessão ordinária da ALE e a discussão sobre o Projeto Escola 10 ( a partir dos 24′ 25”).
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