Após a demissão de quinze profissionais da comunicação, as Organizações Arnon de Mello (OAM) parece que perdeu o rumo do que muitos consideravam ser o padrão Globo de TV. Jornalistas da TV Gazeta e TV Mar foram surpreendidos na última quinta-feira, 4, após retornarem de uma greve geral contra a redução do piso salarial da categoria.
Adelaide Nogueira, Daniel Ziliani, José Agatangelo, Roberta Colen, Klebs Lós, Yasmin Pontual, Luciana Chaves, Mauro Wedekin, Derek Gustavo, Felipe Farias, Warner Filho, Carlos Frazão, Nildo Lopes, Cleide Oliveira e Marcos Rolemberg foram demitidos por lutarem contra a redução salarial que a categoria conquistou.
Essa afronta ao profissionais que fazem – reconhecidamente – o jornalismo de qualidade, seriedade e profissionalismo expõe – apenas – a tratativa que é dada pelo senador Fernando Collor (Pros) aos funcionários que se rebelaram por uma questão até de sobrevivência financeira: que o salário não fosse reduzido ou ‘cortado’.
Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas recomendou que a OAM torne sem efeito a demissão de 15 jornalistas, até que fique comprovada a necessidade de dispensa por motivo justificável. As empresas têm até o hoje (08) para atender à notificação recomendatória, sob pena de sofrerem medidas administrativas e judiciais cabíveis.
Quanto ao senador Fernando Collor, que tanto se dizia lutar pela classe trabalhadora, ficou comprovado o seu estilo de ser ‘patrão’ ao tratar quem for contrário suas propostas e ideias. Não queiram nem saber a quem ele tem como inimigo na vida política.
Collor é Collor. Na política! Como patrão! Como político!
Só lembrando: Com duração de nove dias, a greve dos jornalistas de Alagoas teve adesão significativa da categoria, após tentativas de negociação com empresas de comunicação do estado. Entre as principais reivindicações dos profissionais, encontrava-se o reajuste do piso salarial firmado em acordo coletivo.
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