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Classe política envergonha Alagoas até em disputa pelo Caso Braskem

Após alguns dias ausente dos fatos e notícias políticas, o Blog Kléverson Levy retorna aos trabalhos nesta terça-feira, 24. Tem sido até difícil segurar para não comentar nada sobre tudo que vem acontecendo em nosso estado, mas como jornalista independente é impossível deixar nossos leitores sem os fatos de verdade.

Então, vamos lá!

Mais uma vez, Alagoas volta a ser mídia nacional – leia-se em todos os meios de comunicação do país – devido ao caso Braskem. Não resta dúvidas e nunca existiu, desde o começo da tragédia, que esta empresa é culpada pelo caos que acontece em Maceió.

O que temos visto nas ruas, por exemplo, é que até na hora da tragédia, onde todos deveriam estar unidos, a classe política envergonha Alagoas com a disputa pelo Caso Braskem. Fica claro os posicionamentos políticos nas casas legislativas, a exemplo da Câmara de Maceió, principalmente, demonstrando – novamente – a disputa entre Prefeitura de Maceió x Governo de Alagoas.

Impressionante como um caso em que deveriam cuidar das pessoas, das famílias, dos atingidos e dos maceioenses que perderam tudo, de fato, estão levando em consideração uma briga política para apontar quem é culpado ou os culpados. A Tragédia da Braskem não é de 2023. Todos sabem que vem de anos, passada de gestores e gestores, enraizada em nossa capital há mais de 30 anos.

Se analisarmos o que vem sendo divulgado sobre as notícias diárias do caso, todavia, boa parte dos políticos deveriam ter mais cautela neste momento em que Maceió completa 208 anos em meio à tragédia nos bairros atingidos pela Braskem.

A disputa de Poder está feia para os políticos, feia para Alagoas e coloca os alagoanos no centro dessa briga que foi nacionalizada e afeta a política local, demonstrando interesses pessoais que ridicularizam Alagoas nacionalmente – de novo!

Ao ser indagado por leitores de outros estados, perguntando o porquê da classe política alagoana levar uma discussão de tragédia para o lado político e eleitoral, a resposta que me vem: Enquanto puderem usufruir, politicamente, pensando no período eleitoral de 2024, veremos essa novela cheia de atrizes e atores políticos com a desgraça dos outros para trampolim político.

Há culpados. Há interesses. Há o famigerado uso político e eleitoral em tudo. Já o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), tem que prestar contas ao POVO sobre o valor da indenização recebida pela Prefeitura Maceió, diante do acordo firmado entre Executivo e a mineradora Braskem, no valor de R$ 1,7 bilhão.

A lembrar que o valor de R$ 1,7 bilhão, a ser pago pela mineradora Braskem ao município de Maceió, de forma parcelada, seria referente ao afundamento do solo que, desde o ano de 2018, atinge os bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol.

Em Brasília, a ida de vários políticos alagoanos  – ao que parece – não é nada pelo interesse do povo, das pessoas e das milhares de famílias maceioenses que aguardam há anos por uma resposta. E por que só agora tanta presteza e agilidade se, desde 2018, é esperado por essas ações enérgicas?

Continuamos sendo o “estado mais pobre entre os pobres”. E a classe política envergonha Alagoas até em disputa pelo Caso Braskem.

Afinal, quem, de fato, é mais criminoso: A Braskem (que teve aval para continuar extraindo sal-gema de Maceió) ou políticos que, enquanto foram beneficiados, durante esses mais de 30 anos, aceitaram acordos e dinheiro da empresa para campanhas eleitorais e mantiveram a empresa em Alagoas?

Alagoas é livre!

Aos leitores do Blog Kléverson Levy, estamos de volta ao batente, após entender que a política não pode manchar o nome de Alagoas. Por aqui, continuamos com o mesmo respeito e a mesma credibilidade conquistada!

#VidaQueSegue

E viva a política em Alagoas!

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Kleverson Levy

Especialista na cobertura política em AL

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