Esta semana, promotores e desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) foram acusados de cobrarem “altos valores” pela venda da safra de cana-de-açúcar para a massa falida da Laginha Agroindustrial. Em áudio gravado em 2022 e que foi divulgado na imprensa, empresários e políticos reclamaram numa reunião (ocorrida na Câmara de Vereadores de Coruripe) sobre os repasses que eram dados aos por conta do dinheiro frente ao processo de falência da Laginha.
A informação foi do jornalista Paulo Cappelli do site Metrópoles. Cappelli publicou o áudio do diálogo entre José Raimundo de Albuquerque Tavares, empresário e ex-prefeito de Junqueiro (AL), com Joaquim Beltrão, ex-deputado federal e ex-prefeito de Coruripe, sobre a quantidade de pessoas “comendo” dinheiro com o bilionário processo de falência da Laginha Agroindustrial.
Em nota enviada ao Blog Kléverson Levy, Raimundo Tavares tratou o caso como sendo uma perseguição pessoal por parte da filha de João Lyra, a empresária Thereza Collor, por não aceitar o que ele chamou de “sua condição social de ex-estrela e socialite”.
“Thereza Collor tem atacado a Justiça de Alagoas, aos credores, administradores judiciais, aos familiares, tentando coagir a todos de todas as formas para ter o controle do espólio do seu pai, João Lyra. Várias pessoas, além de minha família, estamos sendo atacados de várias formas. Agora fui surpreendido de forma vil, de manipulação tecnológica (chamadas fakes News). Quem me conhece sabe da minha índole. Irei entrar com todas as ações cabíveis, contra essas Fake News que esta senhora tem usado através de laranjas”, explicou Tavares.
Além das acusações citadas acima, o ex-prefeito de Junqueiro reforçou que Collor tem atacado a todos para ter controle dos bens do pai e acusou – ainda – a empresária praticar desmandos na cidade de Coruripe, a exemplo da exploração de trabalhadores, desmatamento de área de preservação e até com a privatização das praias públicas na região.
“Alagoas é terra de homens e mulheres de bem, ela saiu do estado como estrela e hoje é uma mera cidadã comum, sem os luxos de que era acostumada a ter, e isso tem sido o motivo para atacar a todos por onde passa, mas as autoridades e o Estado de Alagoas já a conhecem muito bem. A senhora Thereza Collor deveria se preocupar com os desmandos que ela tem praticado na região, explorando trabalhadores, desmatando área de preservação e privatizando praias públicas, proibindo o acesso e utilizando-se de uma faixa de areia ao ponto de coibir a passagem de qualquer pessoa utilizando-se de jagunços armados para tal. Tudo isso por interesse próprio para a exploração de lotes milionários, como é do conhecimento de todos da região”, concluiu Raimundo Tavares.
Só lembrando: A Laginha Agroindustrial é avaliada em R$ 3 bilhões e tem dívida fiscal e trabalhista de aproximadamente R$ 4 bilhões. A massa falida da indústria, que pertencia ao empresário e ex-deputado federal João Lyra, morto em 2021, reúne três usinas de açúcar e etanol.
Por fim, vale destacar que tais decisões processuais que envolvem a Massa Falida da Laginha estão nas mãos dos desembargadores de Alagoas. Afinal, será o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) que vai decidir sobre o futuro da Laginha Agroindustrial.
Em tempo: o Blog Kléverson Levy não conseguiu contato com a empresária Thereza Collor. Portanto, o espaço fica aberto para suas manifestações e respostas às citações desta matéria. Veremos!
É isto!
E viva a política dos políticos em Alagoas!
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