Repercutiu nas redes sociais um vídeo do vereador Samyr Malta (PSD), noticiado aqui, no Blog Kléverson Levy, no qual o vereador inicia a fala lembrando as discussões da Câmara que, de fato, são importantes para Maceió.
Samyr Malta trata tais discussões como um favor. No entanto, o vereador esquece que essa é a real obrigação de um parlamentar comprometido com a população que o elegeu. É um dever atribuído ao cargo discutir e buscar projetos que façam Maceió avançar, e é natural que não haja grande repercussão da mídia.
A imprensa deve preocupar-se quando os que foram eleitos para fazer o que devem, fazem o que NÃO devem. Quando as conquistas das discussões feitas são concretizadas — as que realmente importam para o povo, de fato — há uma divulgação massiva da mídia.
O que se viu na Câmara foi uma verdadeira demonstração de um pensamento déspota na fala de Samyr Malta, um deboche com o poder do povo — este que sempre cito nas matérias, o maior de todos os poderes. Um ataque vil, vexatório e asqueroso à sociedade alagoana e ao jornalismo.
Samyr deveria planejar sua mudança para países como a Coréia do Norte ou a Arábia Saudita, que além de calarem a imprensa, matam jornalistas nacionais e estrangeiros. Quando um parlamentar ataca a imprensa e nada acontece, este e seus pares pensam: “posso ir mais longe”. Não, senhores, não podem. A imprensa é livre, queiram os senhores ou não, e iremos noticiar os absurdos aos quais vossas excelências submetem ao contribuinte.
O vereador em questão, que já anunciou ser pré-candidato à prefeitura de Mata Grande, lembrou: “Quem não sabe conviver, não vai pro parlamento, vai pro executivo. Se se acha tão grande, diferente dos demais, seja candidato a prefeito, governador, presidente”.
Além dos crassos erros de português, o vereador Samyr Malta deixou claro que se sente grande demais para a Câmara de Maceió e não sabe conviver com as críticas da imprensa e do povo alagoano — estas incontestáveis, pois os vereadores terão um aumento percentual que supera, e muito, o aumento dos servidores, por exemplo.
Eleitor de Mata Grande, este é o prefeito ideal para o município?
Fica o questionamento.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
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