Foto: tawi Albuquerque / Secom Maceió
A nova jogada de JHC, segundo os bastidores, seria trocar de partido na próxima janela partidária. Para conquistar votos no interior do Estado, almejando a candidatura de Governador em 2026, JHC poderia trocar de partido para se desvincular da imagem de Jair Bolsonaro e seus fiéis apoiadores.
JHC não expressa os ideais radicais de boa parte do PL, especificamente dos fiéis a Jair Bolsonaro. Se vinculou ao partido do ex-presidente para atrair os votos da única capital do Nordeste a eleger Jair Bolsonaro, por maioria, em duas eleições gerais.
Em tempos de incertezas políticas, JHC pode arriscar seu controle do PL ao se vincular a um partido que, em tese, diminuiria a rejeição em muitos municípios do Estado.
O Estado de Alagoas é governado pela família Calheiros há mais de 8 anos, e há quem esteja cansado, porém com alternativas nada convincentes (Fernando Collor, Rui Palmeira e Rodrigo Cunha), as pessoas têm escolhido manter o poder de quem conhece. Cunha foi o mais próximo a tomar o pirulito da família Calheiros, mas numa disputa com Renan Filho, jamais chegaria ao segundo turno.
Entretanto, JHC possui características particulares de um político em constante ascensão: comunicação moderna, juventude e mãos de ferro.
A decisão de trocar de partido é uma demonstração da vontade de JHC em se tornar o próximo Governador de Alagoas. Mas é bom lembrar que o PL obteve um resultado extremamente positivo na capital, elegendo 11 vereadores. Estariam todos dispostos a abandonar o partido de Jair Bolsonaro para apoiar JHC nessa campanha? Pouco provável. Mas, é cediço que JHC quer a cadeira do Palácio e fará de tudo para consegui-la. Não será fácil.
Por fim, qual partido JHC escolheria não é o questionamento mais importante, mas sim quem o acompanharia e quem estará com ele no próximo pleito.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
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