O Blog Kléverson Levy repercute em várias matérias a verdadeira nojeira que a política alagoana produz dia após dia, e hoje não será diferente: Brivaldo Marques (MDB-AL) não disputará a reeleição da Câmara Municipal de Maceió.
Até então, parece uma notícia qualquer; Mas, vamos destrinchá-la: Brivaldo pertence à base do Prefeito João Henrique Caldas (PL-AL) e, ao que tudo indica, disputará a Prefeitura de Colônia Leopoldina, na região norte do Estado.
Para quem não se lembra, Brivaldo foi eleito pelo PSC, um partido de direita e que não possui laços com o Governo do Estado. Depois, mudou para o MDB, partido do atual Governador Paulo Dantas, e ainda sim, apoia o Prefeito JHC; e agora, como pré-candidato à prefeitura de Colônia Leopoldina, disputará a eleição pelo PDT, com a bênção do vice-governador Ronaldo Lessa e de Paulo Dantas. Como citou categoricamente Edivaldo Júnior, em seu blog: “É uma sopa de letrinhas”.
Parece bastante confuso, mas a realidade é que Brivaldo Marques não é um político que se importa com o partido ou a ideologia, e sim com os acordos e a politicagem (com a devida vênia, é importante diferenciar a política da politicagem). Brivaldo foi o vereador que, na condição de relator dos projetos, realizou dois pareceres em menos de dez dias para aumentar o próprio salário e aumentar o número de vagas na Câmara Municipal de Maceió.
Leia mais em: Caio Hanry Abreu: vereadores fazem a festa com os cofres públicos da capital
A realidade é que a política alagoana e seus caciques não se importam com o partido em que estão e não estão ligados a uma ideologia, e sim ao fisiologismo. Brivaldo Marques, que também é apoiado por Rafael Tenório, é apenas mais um exemplo representativo do fisiologismo alagoano.
É importante destacar que não são só os políticos com mandato que mandam e desmandam: também é importante analisar os integrantes dos diretórios partidários, que possuem influência nas decisões do partido. Houveram rumores indicando que a vereadora Teca Nelma trocaria de legenda, do PSD para o PDT, e também foi cotada no PT; no entanto, os partidos rejeitaram a vereadora, que se identifica com pautas da centro-esquerda e da esquerda.
Por qual motivo? Não se sabe, mas pergunto: aceitam Brivaldo Marques, um político que é fiel aliado de JHC, este presidente do PL (partido do ex-presidente Jair Bolsonaro), mas não aceitam Teca Nelma?
Os partidos realmente possuem donos? São distribuídos para funcionarem somente como uma peça para uma engrenagem maior? Os diretórios são ocupados por pessoas que se importam com a ideologia que o partido representa historicamente e nacionalmente? São várias perguntas que passam na cabeça do leitor. Mas a certeza é que Colônia Leopoldina não terá, em Brivaldo Marques, alguém comprometido com ideais.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
Comentários (1)
Caio Hanry Abreu escreve: Tudo junto e misturado! – Blog Kleverson Levydisse:
8 de janeiro de 2024 às 08:27[…] Leia mais em: Caio Hanry Abreu escreve: O fisiologismo toma conta de Alagoas […]