O povo de Maceió está assistindo a dois desastres que acontecem simultaneamente: a política local e o crime ambiental cometido pela Braskem. De um lado, políticos que ocupam o primeiro escalão do Governo Estadual atacam o prefeito João Henrique Caldas (PL-AL), e de outro, servidores, apoiadores e secretários da capital alagoana atacam Paulo Dantas, Renan Filho e seu entorno.
O secretário de Infraestrutura, Rui Palmeira, foi enfático ao afirmar: “é a maior picaretagem da história política de Alagoas”, em referência ao acordo feito pela Prefeitura com a Braskem, numa entrevista dada à Rádio Pajuçara (103.7 FM).
O senador Rodrigo Cunha, aliado de JHC e Arthur Lira, acusou o Senador Renan Calheiros de ter recebido doações de campanha da Braskem. Acontece que dezenas de políticos receberam doações de campanha da mineradora, de acordo com a Agência Tatu; entre eles, o próprio Rodrigo Cunha.
Confira a lista completa abaixo!
É importante que o leitor, quando estiver de frente para a urna nas próximas eleições, nunca esqueça dessa lista — em especial os ex-moradores dos bairros que foram afetados. Como costumo afirmar, o voto é a única maneira de reagir aos desastres da política, inclusive os desastres que os políticos fazem vista grossa, como este que estamos presenciando.
No momento em que o povo mais necessita das esferas municipal, estadual e federal unidas, a classe política de Alagoas se comporta como uma verdadeira rinha de galos, e esquecem que as vítimas são prioridade. É preciso deixar a rivalidade política e as eleições de lado quando o assunto for o povo, principalmente o maior crime ambiental urbano em curso do mundo.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
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