As eleições municipais estão se aproximando, e os padrinhos da política alagoana intensificam as movimentações para eleger seus afilhados políticos. Arthur Lira (PP), por exemplo, está num pé de guerra, que é inclusive pessoal, com Alexandre Padilha (PT-SP), Ministro das Relações Institucionais e responsável pela articulação política do Governo Federal. Lira já afirmou, em ON, que Padilha é incompetente e um desafeto pessoal.
O Governo Federal exonerou o primo de Arthur Lira do INCRA, Wilson César de Lira Santos, e vetou R$5,6 bilhões de R$53 bilhões destinados às emendas parlamentares para tentar alcançar o déficit zero, meta estabelecida pelo Congresso Nacional.
Estes atos teriam irritado bastante o presidente da Câmara, que deve responder com a instauração de 5 CPI’s simultâneas, dificultando a agenda do Governo Federal. Lira, que não irá ceder o poder de mão beijada e pretende manter seu trono mesmo após a eleição do novo Presidente da Casa Legislativa.
É claro que esses assuntos, apesar de nacionais, refletem em Alagoas. Renan Calheiros declarou que “o ódio de Lira é o veneno resultante do próprio erro”, e classificou a tentativa de Lira a manter o Deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) solto como “advocacia política de facínora”.
Ora, as eleições municipais estão se aproximando, e os protagonistas estão longe de serem o Deputado Federal Rafael Brito (MDB-AL) e o atual Prefeito João Henrique Caldas (PL-AL). Renan Calheiros e Arthur Lira estarão brigando até o final para eleger os seus, e o povo, como sempre, estará longe do centro da discussão.
Paulo Dantas, por sua vez, declarou que prefere um ambiente de paz, união e tranquilidade entre os adversários, mas esquece que, apesar de Governador, não tem experiência e nem jogo de cintura para unir cães e gatos.
Em síntese, essa opinião reproduz fatos que não são mais do que uma briga de poder a qual nada tem a ver com o povo.
Por Caio Hanry Abreu – Acadêmico de Direito (Colaborador)
Este texto reflete a opinião do autor.
Deixe um comentário