Surpreendeu a bancada do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), durante a votação ao veto parcial do Projeto de Lei que dispõe sobre o rateio das sobras dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Com 18 deputados presentes na sessão de quarta-feira, 10, o plenário da Casa de Tavares Bastos decidiu por dez (10) votos contra (6) seis manter o veto parcial do Governo de Renan Filho (MDB) ao Projeto de lei nº 01/2019.
Ontem, 10, decidiram pela derrubada do veto e a favor dos trabalhadores do magistério estadual: Galba Novaes (MDB), Davi Davino Filho (PP), Tarcízio Freire (PP), Bruno Toledo (PROS), Cabo Bebeto (PSL), Cibele Moura (PSDB), Davi Maia (DEM), Inácio Loyola (PDT), Jó Pereira (MDB) e Léo Loureiro (PP).
No entanto, votaram pela manutenção do veto, a favor do Governo de Alagoas e contra os educadores: Paulo Dantas (MDB), Marcos Barbosa (PPS), Fátima Canuto (PRTB), Francisco Tenório (PMN), Ricardo Nezinho (MDB) e Sílvio Camelo (PV).
Porém, os deputados do PRTB, leia-se Fátima Canuto, Jairzinho Lira e Breno Albuquerque, mostraram o valor que tem os professores da rede estadual de ensino em Alagoas. Os três parlamentares tomaram decisões diferentes, no momento da votação, mas que – de toda forma – foram posições contrárias aos professores.
Analisemos, portanto, o seguinte:
– Fátima Canuto – votou logo pela manutenção do veto e disse não aos professores;
– Jairzinho Lira – se absteve da votação, saiu do plenário e, logo depois, retornou. Ou seja, ficou em ‘cima do muro’ e percebeu que havia votos necessários para o Governo de RF ganhar e fugiu;
– Breno Albuquerque – estava na ALE (informaram ao Blog Kléverson Levy), não compareceu à sessão do Fundeb e chegou após a votação ter sido encerrada. Resumindo: preferiu ‘neutralizar’ sua decisão para não se prejudicar – politicamente – em ambos os lados.
– Flávia Cavalcante – não compareceu na sessão de quarta-feira, 10.
Portanto, a bancada do PRTB na ALE – por questões políticas e que os bastidores dirão – fizeram o papel que o governador propôs. Foi melhor manter cargos e nomes no Governo, ao invés de decidir pela vitória e conquista de uma classe que tanto vem lutando por melhores salários.
Como destacou Girlene Lázaro, diretora do Sinteal, que ‘a luta continuará e o sindicato vai manter o processo de judicialização do caso’.
“Infelizmente, alguns parlamentares com os quais conversamos, e que prometeram o apoio e o voto em favor do da derrubada do veto do governador, não participaram da sessão de votação, e, do outro lado, o governo deu, mais uma vez, uma demonstração de que sabe articular bem quando seus interesses, e somente seus interesses estão em jogo, em detrimento dos interesses dos servidores. A verdade é que, no uso de suas atribuições, o governador passou por cima da legalidade e fez o desconto, usando os recursos do Fundeb em 33% para outras finalidades que não aquelas que a lei define”, destacou Girlene Lázaro.
Por fim, não compareceram na Casa de Tavares Bastos: Yvan Beltrão (PSD), Ângela Garrote (PP), Antônio Albuquerque (PTB), Dudu Ronalsa (PSDB), Flávia Cavalcante (PRTB), Gilvan Barros Filho (PSD), Marcelo Beltrão (MDB) e Olavo Calheiros (MDB).
Cada um dos deputados estaduais – citados acima – devem ter suas respectivas justificativas, todavia, lembrando que respeitaram uma considerada ‘manobra’ política articulada pelo Palácio República dos Palmares e, sendo assim, manterão seus (deles) cargos e nomes no Governo.
Será?
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