Repercute bastante a decisão do juiz da 2ª Zona Eleitoral de Maceió, José Braga Neto, que pediu para trancar o inquérito policial e devolver ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o deputado estadual Marcelo Victor (MDB), os quase R$ 146 mil apreendidos pela Polícia Federal durante o pleito de 2022.
José Braga Neto (o juiz) entendeu que “não foi observado, no presente caso, o requisito da fundada suspeita prevista no art. 240, §2º c/c art. 244, do CPP, quando da realização da busca pessoal empreendida pelo Delegado de Polícia Federal e sua equipe, que culminou na apreensão de documentos e da quantia em dinheiro mencionados no auto circunstanciado de arrecadação”.
Além disso, o magistrado solicitou o “trancamento do Inquérito Policial, o desentranhamento dos autos, de todos os documentos apreendidos na referida abordagem, além da devolução imediata do numerário em espécie apreendido” – para o deputado estadual Marcelo Victor.
Os fatos ocorridos – em outubro de 2022 – foram mostrados na imprensa com provas na mesa diante da dinheirama apreendida com o parlamentar. Tanto que foi instaurado o inquérito policial e os valores e materiais foram detidos pela PF. Porém, até a decisão desta semana, o inquérito estava “sob segredo de Justiça”. Para além de tudo isso, durante a abordagem, à época, um assessor do presidente da ALE, identificado pela PF como policial militar, saiu correndo e chegou até a sacar uma arma durante a ação.
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Por outro lado, a resposta das urnas do ano passado mostrou a verdadeira face do Poder – em Alagoas – disfarçada para a famigerada ‘compra de voto na cara’, onde muita gente não mediu esforços (banhados na dinheirama) para eleger os seus (deles) candidatos.
Afinal, é bem verdade que a eleição de 2022 – em Alagoas – ficou marcada na história como um pleito atípico, da ganância pelo Poder, da mentira, da opressão, da pressão política, além do abuso total do poder político e econômico entre os Poderes. Que tristeza!
Como disse o ex-chefe do MP em Alagoas, o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (UB), que tratou o caso como sendo “verdadeira desmoralização da Justiça Eleitoral de Alagoas”.
Por fim, o Blog Kléverson Levy rememora o vídeo da Polícia Federal (veja abaixo) onde aparece MV com a ‘dinheirama’ na mesa e que repercutiu – à época e até hoje – nacionalmente. Todavia, os últimos acontecimentos políticos têm mostrado que Alagoas dá exemplo de como a política domina nosso “pobre” estado.
Será?
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É isto!
Salve-se quem puder!
E viva a política dos políticos em Alagoas!
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Comentários (1)
A política que separou MV e Arthur Lira em 2022, agora, em 2024, uniu ambos – Blog Kleverson Levydisse:
28 de julho de 2024 às 14:11[…] Até já escrevi que Alagoas dá exemplo de como a política dos políticos domina nosso estado. […]